Futuráfrica contra homofobia


A Futuráfrica tem como bandeira para as suas festas a diversidade. Seja pela disposição em apresentar sons dos mais variados lugares do mundo, seja por evocar das diferentes “tribos” urbanas a vontade de trocar experiências e festejar.

A Futuráfrica tem como lema a reflexão, a busca pelo pensamento conciliador, que não exclui. Todos são bem vindos. Partimos do pressuposto que o preconceito, independente da origem, é base da intolerância ao outro. Logo, dispensamos tal comportamento, e queremos agregar sempre: pessoas e culturas.

Por tudo isso, a Futuráfrica do mês de junho será CONTRA HOMOFOBIA. Pois, inclusive, este é considerado o mês da visibilidade gay. Assim, resolvemos arrancar do armário esta problemática e tentar chamar todos para repensar: não é anormal não ser heterossexual. E, se vivemos na cultura da heterossexualidade é por pura convenção social, nada mais.

A homofobia é o ódio gratuito por pessoas cuja orientação sexual difere do padrão (ser heterossexual), que tem legitimidade perante o Estado e a sociedade.

Como exemplo de um ato homofóbico, recentemente, o deputado federal Jair Bolsonaro, em entrevista para um canal aberto de TV, fez ofensas aos homossexuais, quando nos leva a crer que tal orientação ocorre devido à falta de educação familiar. Ou melhor, o político diz que aqueles que foram bem (?) educados não correm o risco de se tornarem gays. A estupidez do deputado é assustadora!


Porém, ele não é o único a pensar desta maneira.


Afinal, milhares de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros são ofendidos, humilhados e agredidos diariamente. Fruto de um discurso criado, difundido e perpetuado há séculos por pessoas que não conseguem encarar que o normal é ser diferente, e que a diversidade (em todos os âmbitos) faz parte da natureza humana.


Segundo o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais de 2010, divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), foram documentados 260 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no ano passado, 62 a mais quem em 2009 (198 mortes). Dentre os mortos, 140 gays (54%), 110 travestis (42%) e 10 lésbicas (4%).

Daí, fica a pergunta, até quando pessoas serão destratadas pela intolerância ao diferente?

Então, a Futuráfrica quer abrir espaço para trazer tal assunto à tona, onde heterossexuais, gays, lésbicas, travestis e etc possam conviver na mesma festa. Até porque, já temos essa união, em outras edições, quando nunca houve preconceito para LGBTT e todos ficam à vontade.

Acreditamos que o normal é a aceitação da diversidade.

Desta forma, a Futuráfrica e seus sons afrofuturistas, suas parafernálias eletrônicas e seu Terreiro Digital se organiza contra a homofobia!

E como convidada especial, direto do Rio de Janeiro, teremos a DJ, percussionista e produtora musical Tata Accioly; que desde 1998, pesquisa a música brasileira, os ritmos ancestrais africanos, as sonoridades ritualísticas indígenas, além de ser muito apaixonada por música eletrônica.

Assim, uma das suas características é tirar de suas pesquisas mais influências (de Kurt Cobain a Hermeto Paschoal, de Chico Science a Beatles) um som original.

Portanto, como já se pode imaginar, a carioca que já marcou presença em palcos nobres - como o do Circo Voador e Teatro Odisséia - promete muita brasilidade e outras surpresas para as pick-ups do Rosa Marinho.

Serviço:

Futuráfrica contra homofobia
Quando: 17/06/2011 – a partir das 23h
Onde: Rosa Marinho:
Rua Visconde do Rio Branco, 16 – Centro
Quem toca: DJ Tata (RJ) + Isabel Moonstomp (Santos) + DJ Lufer (Futuráfrica) + Vapaa (Cubatão)
Quanto: R$15,00 (até 0h30)
R$ 20,00 (após 0h30)

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